sexta-feira, 8 de maio de 2015

[NAS MADRUGADAS]

Nas madrugadas de segunda-feira
tinhas de regressar não sabíamos bem
a que fracção do tempo porque tudo se sobrepunha
e éramos forçados a deter
o instante não por ser
belo, apenas por ser água
onde nunca ninguém duas vezes entraria

[GASTÃO CRUZ (1941)]
(Fogo)
(in Poemário Assírio & Alvim 2014)

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