Hoje, dois poemas:
INVERNO
Folhas mortas, espezinhadas
na lama do passeio.
A luz perdida das nervuras.
Dorsos que estalam
ao partir.
No mês passado
ainda rolavam
com a ventania.
na lama do passeio.
A luz perdida das nervuras.
Dorsos que estalam
ao partir.
No mês passado
ainda rolavam
com a ventania.
LUZ DE NEVE
Uma luz de neve,
horizontal e fria.
Sem destino algum,
ofusca
e cega.
Onde não há abetos,
nem pistas de alces,
nem ravinas por perto.
Vazia duna de luz
perdida.
A luz da neve.
horizontal e fria.
Sem destino algum,
ofusca
e cega.
Onde não há abetos,
nem pistas de alces,
nem ravinas por perto.
Vazia duna de luz
perdida.
A luz da neve.
[JOSÉ MANUEL FERREIRA LOPES]
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