quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

[INVERNO] E [LUZ DE NEVE]

Hoje, dois poemas:

INVERNO

Folhas mortas, espezinhadas
na lama do passeio.

A luz perdida das nervuras.

Dorsos que estalam
ao partir.

No mês passado
ainda rolavam
com a ventania.


LUZ DE NEVE


Uma luz de neve,
horizontal e fria.

Sem destino algum,
ofusca
e cega.

Onde não há abetos,
nem pistas de alces,
nem ravinas por perto.

Vazia duna de luz
perdida.

A luz da neve.

[JOSÉ MANUEL FERREIRA LOPES]

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