Cresces muito sobre a incerteza do tempo,
quando todos se afastam.
Manejas perfeitamente as armas brancas e
bates, intempestivamente,
às portas negras do último homem.
És a lâmpada infinita que se ergue no horizonte.
E, sobre as tempestades,
não sei se verei o amanhecer.
Canto, preparo os bálsamos, murmuro cem vezes
uma prece,
uma magia, com as vozes que nunca esqueci.
Já não falta muito para que toques a minha fronte,
a sua febre mortal.
[JOSÉ AGOSTINHO BAPTISTA (1948)]
(Quatro Luas)
(in Poemário Assírio & Alvim
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