O
dia nasceu quente
como
que a dizer
que
talvez fosse possível fazer
algo
com as palavras
que
se perfilavam na mente
fruto
do estado de ebulição
a
que as ideias, à procura de uma criação,
sujeitas
se encontravam.
O
dia assim o exigia,
há
muito, que muitos
a
isso se dedicavam
e
ele, qual vulcão sem tampa
sentia
que mais dia menos dia
expeliria
através
da pena conduzida
pela
sua mão indecisa, algo
do
qual não desdenharia.
Foi
crescendo o dia
foi,
a lava,
do
seu acordado desejo vulcânico,
em
crescendo,
subindo
as paredes
que
empacotavam o seu caminho,
até
que, já exausto,
pois
o que lhe saía
era
de uma atroz tristeza,
querendo
ele dar voz
à
beleza que sentia,
rasgou
os papéis
do
seu caderno pautado
não
sem antes gritar
….
maldito dia da poesia.
[Carlos
Sousa Ramos_21.03.2015]
P.S.:
Não vá alguém interpretar mal, este texto não é autobiográfico, não me sinto
assim, triste, depressivo, como o poeta do poema, bem pelo contrário.
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