sexta-feira, 9 de março de 2012

1. INTRODUÇÃO

A água é insondável
quando a dureza do céu abraça todo
o astro;

a terra procura repouso,
na mais alta das montanhas;
energia que se sobrepõe `doçura
dos lagos e dos rios.

Pensamos a serenidade assim
aquosa e feminina;

e a tempestade, que desperta,
cobre-se de vento e de um ardor que penetra
a fundura antiga dos vulcões.

Nada parece inacessível ao homem sem fadiga:
o céu, a terra, a criação e os modos de tudo isto ser:
jogo, cálculo ou destino.

MANUEL AFONSO COSTA (1949) – Caligrafia Imperial e Dias Duvidosos

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