Doze signos do céu o Sol percorre,
E, renovado o curso, nasce e morre
Nos horizontes do que contemplamos.
Tudo em nós é o ponto de onde estamos.
Ficções da nossa mesma consciência
Jazemos o instinto e a ciência.
E o sol parado nunca percorreu
Os doze signos que não há no céu.
FERNANDO PESSOA (1888 – 1935) – Poesia 1918 – 1930
(edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria
Freitas e madalena Dine)
Sem comentários:
Enviar um comentário