Velho da Sombra-mãe que nos criou
E viveram, em mim, todas as cousas.
Um dia, o meu destino me levou
Dessa longínqua aldeia bem amada,
Lá onde o meu espírito encarnou.
Ó minha santa aldeia amortalhada
Na sombra de alto monte, quando a aurora,
Por detrás dele, espreita deslumbrante.
Ando perdido pelo mundo, agora.
Sou crus exposta aos ventos das procelas
E nos meus braços Cristo sangra e chora.
TEIXEIRA DE PASCOAES (1877 - 1952)
Poesia de Teixeira de Pascoaes - Poesia em Verso, Poesia Sem Versos.
O Pensamento Poético. o Ensaio. O Conferencista.
(organização de Mário Cesariny, edição de António Cândido Franco)
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