sábado, 11 de fevereiro de 2012

E A ROSA...

             E A ROSA cresceu enquanto eu dormia.
E as cortas tremidas de música,
Caprípede, os ramos perdidos sob os pés;
Nós aqui na colina, com as oliveiras
Onde pode um homem carregar seu remo,
E o bote lá na enseada;
Como tivéssemos ficado ali no Outono
Sob a tapeçaria, ou parede pintada tal tapeçaria,
E acima com um jardim de roseiras,
Som subindo de rua transversal;
Como tínhamos lá permanecido,
Observando o caminho da janela,
Fa Han e eu na janela,
E a sua cabeça ajustada com cordas de ouro.
Nuvem sobre montanha; fenda na colina, na névoa, como
                                                                                   um litoral.

EZRA POUND  (1885 – 1972) - Os Cantos (tradução e introdução de José Lino Grunewald)

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