Lançaremos as nossas montadas
a toda a força, a toda a brida.
Vem construir um leito mais macio
para a tua amante, a tua senhora.
Esta noite penso ir visitar a minha amante
e possuí-la, a muito clara,
a transparente…
Ó tu, confio em ti
para me ajudares e socorreres.
Ouves-me? Partamos…
Então ele tomou-se de cólera,
porque a sua amargura era grande.
O sangue irrigou-lhe as faces
e o sangue do seu nariz
começou a fumegar de calor.
O orgulho
voou-lhe da nuca.
A altivez passou
como uma nuvem azul.
E começou a falar
com ira e amargura
e foi como um tiro de espingarda.
Palavras insultuosas.
Veneno da sua boca.
Negridão de lábios
sobre um de nada.
O mais vil dos devoradores de homens,
o mais debochado dos demónios.
Um demónio de mais baixo inferno.
MONGÓLIA, IACUTOS * in Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro (tradução de Maria
Jorge Vilar de Figueiredo)
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