Ignoradas
setecentas
comeram-lhes
a carne flagelada
os
seus restos
atiraram
para a câmara gelada
o ar,
sempre
a correr entre afazeres
que ficou
conspurcado com dizeres,
trás
o ignóbil
que
não sendo prémio Nobel
verborreia
ementas
sobre
entes esquecidos.
Ignoradas
setecentas
comidas
por malcheirosos
roedores
entre
sofridos corredores
no
patamar de umas escadas
arrumadas
por
não passarem ao largo
de
quem tem cargo
de
surreal nefasto príncipe
da
morte.
Ignoradas
setecentas
sem formadas
culpas
de
vontades atadas
e sortes
disparatadas
vagueiam
na aleatória ordem
de
uma famigerada oratória
de um
coveiro imundo
que,
inchado, pensa
que é
seu o mundo.
Ignoradas
setecentas
que vão
engrossar
o
exército de quem virános resgatar.
[Carlos Sousa Ramos - 24.01.2015, 22h10]
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