terça-feira, 27 de janeiro de 2015

UM DISFARCE UMA ANTIGUIDADE

Acendo a luz. A luz vive de um
disfarce de uma antiguidade
atómica.

E cada brilho tem um vento atento
o sopro um evento especial a morte:
desmancha-se a luz toda
(o feto dela) de um só corte.

[LUIZA NETO JORGE (1939 - 1989)]
[Poesia (1963 - 1989)]
(organização e prefácio de Fernando Cabral Martins)
(in Poemário Assírio & Alvim 2014)

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