domingo, 7 de outubro de 2012

A PALAVRA-ESCRITA


A palavra-escrita
é um labor arcaico:
sulca enigmas
venda e desvenda
o sentido do gesto

É uma imagem detida
recolhida do mais fundo cinema íntimo
onde o verdadeiro
é um ser invisível

O cinema do mundo está aí
onde houver ilusão
onde houver vontade de ver
mesmo que seja só o nada.

ANA HATHERLY (1929) – O Pavão Negro
(prefácio de Paulo Cunha e Silva)

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