sábado, 20 de outubro de 2012

NA HORA DO SILÊNCIO SUPREMO

Não haveria roubo, e há só o roubo,
há só a música, é lá que tudo ondeia...
Já li tudo, já fiz tudo (quem?).
Regresso, pois, à minha solidão.

Ouvir-me-eis até ao infinito.
Nós só falamos para nós próprios
e o tempo não existe, nem os outros.

Porque está tudo parado e aquele que escreve
é também eternamente escrito.
O seu passado é o Futuro de tudo,
ele a sombra de tudo o que há-de vir.

MANUEL ANTÓNIO PINA  -  Aquele Que Quer Morrer

Sem comentários:

Enviar um comentário