segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUÃO MÍSEROS TEUS ÓDIOS


[…]
                        Quão míseros teus ódios
Criados na falsidade,
                        Põe abaixo tua vaidade,
Precoce em destruir, mesquinho em caridade,
Põe abaixo tua vaidade
                        Digo põe abaixo.

Porém ter feito em vez de não fazer
                        isto não é vaidade
Ter, com decoro, batido
Que um Blunt abrisse
                        Ter captado no ar a tradição mais viva
ou de um belo olho velho a flama invicta
Isto não é vaidade.
            Aqui a falha está em não ter feito,
tudo na timidez que vacilou…

            EZRA POUND (1885 – 1972) – Os Cantos
(tradução e introdução de José Lino Grunewald)

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