Memória ao abandono
a válvula do sono
aberta.
Desdobra panos
hélice, ela
a grande borboleta
se é por pousar
já pousou –
despejando o vento
na abertura do vulcão
encaminhando a lava
no sentido giratório.
Antes
tive medo de ter sono
agora
é planeta a planeta.
SÉRGIO GODINHO (1945) – O Sangue Por Um Fio
(desenho de Tiago Manuel)
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