As senhoras de Cambridge que vivem em almas mobiladas
são desgraciosas e têm pensamentos confortáveis
(e também, com as bênçãos protestantes da igreja
as filhas, inodoros e informes espíritos)
elas acreditam em Cristo e Longfellow, ambos mortos,
estão invariavelmente interessadas em tantas coisas –
neste instante em que escrevo ainda é possível encontrar
prazenteiros dedos tricotando para o serão os Pólos?
talvez. Enquanto rostos permanentes recatadamente debatem
o escândalo da Sra. N e do professor D
… as senhoras de Cambridge não querem saber, sobre
Cambridge se por vezes na sua caixa
cor de alfazema e sem esquinas, a
lua se agita como um resto de rebuçado zangado.
E. E. CUMMINGS (1894 – 1962) - livrodepoemas
(tradução, introdução e notas de Cecília Rego
Pinheiro)
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