terça-feira, 13 de novembro de 2012

A VISITA

Sangra o meio
onde de permeio
se abrem as feridas
por alienação permitidas.
Gangrena o espaço
contendo um pedaço
de coração desfeito
por compromisso com defeito.
Morre o estático
aglutinado por um sarcástico
que apenas com a sua vontade
assassina a bondade.

Nasce uma sensação
de penitência pela tentação
por uma vida com crédito
que é transformada em descrédito.
Cresce uma transfigurada revolta
alimentada por uma vomitada
desova
que pretende afogar
quem não se quiser espantar.

É dado por concreto um certo
terminus excitante
imobilizador de cabeças usadas
agarradas à possibilidade
de acreditação de fadas.

E assim se desvanece o dia
que é nada no nada da via
de um vida feita em nada.

CARLOS SOUSA RAMOS (12.11.2012)

Sem comentários:

Enviar um comentário