Não estamos preparados para
nada:
certamente que não para viver
Dentro da vida vamos escolher
o erro certo ou a certeza
errada
Que nos redime dessa magoada
agitação do amor em que prazer
nem sempre é o que fica querer
ser o amador e ser a coisa
amada?
Porque ninguém nos salva de não
ser
também de ser já nada nos resgata
Não estamos preparados para o
nada:
certamente que não para morrer
GASTÃO CRUZ
(1941) – A Moeda do Tempo
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