domingo, 4 de novembro de 2012

ENGANO


Que engano, engodo, ingrato, esse do sentimento
Ao alto, ao fundo, ao invisível
Alvo.
Já podemos morrer,
A voz que sobe em silêncio pelo tubos da razão,
Frontal como o rosto dum órgão,
Transforma em catedral a capelinha pobre
Do lugarejo humilde
Onde a minha alma reza sem saber pensar.

ARMANDO SILVA CARVALHO (1938) – Anthero, Areia & Água

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