ALGUMA vez a festa
há-de vir!
Santo António, tu que
tanto sofreste,
São Leonardo, tu que
tanto sofreste,
São Vito, tu que tanto
sofreste!
É a hora das nossas
preces, a hora dos que oram,
hora da música e da
alegria!
Aprendemos a singeleza,
cantamos no coro das
cigarras,
comemos e bebemos,
os gatos magros
roçam-se pela nossa
mesa;
até a hora da missa de
vésperas
seguro-te na mão
com os olhos,
e um coração tranquilo
e ousado
sacrifica-te os seus
desejos.
Mel e nozes para as
crianças,
redes cheias para os
pescadores,
fertilidade para os
pomares,
lua para o vulcão, lua
para o vulcão!
[…]
INGEBORG
BACHMANN (1926 – 1973)
O Tempo Aprazado – Poemas (1953 – 1967)
(selecção,
tradução e introdução de João Barrento e de Judite Berkemeier)
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