SE A CADA aparição perdes
um pouco
do fluido astral que te
percorre as veias,
e a carne te escurece
quando tocas
a alma adormecida dos
humanos;
se te tornas mortal
quando acontece
um de nós acordar e não
ter medo
de te dar a beber água
terrestre,
prefiro que te guardes
nesse espaço
onde a noite penetra
levemente
pelas fendas das
árvores abertas,
e me abandones como
quem se esquece
de um livro velho no
esplendor da praia.
Um dia hei-de surgir,
num sonho teu,
e perder eu a vida para
ver-te.
ANTÓNIO FRANCO
ALEXANDRE (1944) – Duende
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