A cabeça está onde o grilo canta
As faces são aquilo que os dentes
hão-de morder
O lago está onde o amante se atira
Ao outro pela calada da noite
Os lábios estão onde está o sangue
Os olhos são o que os dedos prendem
Sabendo agora o que podia ter sido
Dirão os lábios o que os olhos viram?
PAUL BOWLES
81910 – 1999) – Poemas
(selecção e
tradução de José Agostinho Baptista)
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