Ó Cetinje – rio orgulhoso!
Dizias – não ter baixios.
Vim – para a beira das tuas margens,
E encontrei – um baixio, dois baixios, três
baixios…
Num campeavam – os convidados de uma boda
Rapazes e raparigas – brincavam no segundo.
No terceiro – um irmão e uma irmã,
A irmã bordava – mangas para o irmão,
O irmão cosia – fino corpete para a irmã.
A irmã diz-lhe: - <Cose as mangas, irmão,
Fá-las estreitas – que uma maça não passe,
Que mão de homem – não possa lá entrar!>
<Querida irmã – respondeu o irmão,
Se alguma vez – mão de homem se aproximar
O teu mimoso corpete – abrir-se-á por si.>
Ó Cetinje – rio orgulhoso,
Que dizias não ter baixios!
In Rosa do Mundo – 2001 Poemas para o Futuro
(tradução de
Maria Jorge Vilar de Figueiredo)
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