quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

DESENFREADOS (ainda)

11.
A calma sossega
A dor que se apega
A paciência dissolve
O mal que nos envolve
O saber edificante
É marcante
No fim
A euforia que nos aparece
Exaltada
Precisa de ser ponderada


12.
Tempo de espera
Tempo que esmera
E as brancas se misturam
Dando ar
De que se as podar
Já não me aturam
Oh! Ego desavindo
Deixa de estar perdido


13.
Dança que encanta
E que, às vezes, espanta
Entre seres
Com os seus quereres
Espalha harmonia
Entre quem está
Em sintonia
E no fim o que resta?
Para muitos o que não presta
Para mim, a festa


14.
O barulho do mar
Acalma
O silêncio da lua
Faz falar a alma
A solidão esclarece
O desejo que aparece
A vontade fortalece
E assim te posso libertar
A liberdade que é tua


15.
Firme madrugada
Cheia de horas, infinitas
Sem vontade estruturada
E relações benditas
A necessitar de ser vivida
Perdido assim na noite
Veio-me ao pensamento
Que já levei muito açoite
Por não querer, com a vida
Ter casamento.
CARLOS SOUSA RAMOS

Sem comentários:

Enviar um comentário