terça-feira, 4 de dezembro de 2012

DESENFREADOS


1.
Agora, pese embora
A luz, que eu não pus
Mas que vem com o andar
De um sol a deslizar
Existe este vento, bento
Ora frio, ora aquecido
Que me abala
E a alma me lava

2.
Ideias que circulam
Entre imagens que pulam
Desnorteadas pelo barulho
Que faz dentro do embrulho
Onde o meu ser, verde
De tanto chocalhar
Que me estão a dar
As procura, com loucura

3.
Hoje, e amanhã, de certeza
Estará por aí a beleza
Só é preciso saber
A que horas
Para então perceber
Porque me adoras
E por fim
Ao vires a mim, assim, tão nua
A minha alma se sente tua

4.
Vida, tida
Tapada, acabrunhada
Manca, afastada
Ou
Com alegria, querida
Direita e bem feita.
Venha quem puder
E independentemente
Do que disser
A escolha como quiser


5.
Amor que pica
Que raízes cria
Será estrela que ilumina
O ser que junto a mim fica
Ou será ilusão
Criada por uma paixão
Por quem me dá a mão
Carlos Sousa Ramos

Sem comentários:

Enviar um comentário