quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

DESENFREADOS (de novo)

6.
Procuro, vasculho
Não encontro
E o meu ser fica impuro
Caminho, adivinho
Não acerto
E o meu ser não está por perto
Assim, como saberei
O que fazer?


7.
Agitada tempestade
Estar assim nesta ansiedade
Pela calma da alma
Tirem-me de cima este clima
E dêem-me
A suave tranquilidade
De uma necessária habilidade


8.
Pó, dó
Tudo junto abafados
Pela mó
Do moinho cuja vela
Sem tela, mas bela
Gira para gáudio
De raquíticos anafados
E desespero
De deslumbrantes acamados.


9.
Sexo é como
Gelado que eu como
Quando é demais
Ficamos sem forças
Para os ter mais
Mas, se por acaso
Conhecermos o segredo
Para tal ultrapassar
Fiaremos a saber
Que é como escalar
Um penedo

O que não vem ao caso…


10.
Noite obscura
Manhã escura
Quanto movimento
No pavimento
Da casa que é minha
O que querem quem
Por aqui vasculha
À procura de um bulha
A eles só posso dizer
Que a sua vontade tida
Foi perdida
CARLOS SOUSA RAMOS

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