Maio é o tempo da
perfeita harmonia.
Trajado de negro, mal
rompe a luz
O melro canta uma
canção de clara alegria.
Nos campos se abraçam
as flores e as cores.
O cuco saúda o verão
majestoso com galhardia.
Passou o tempo dos dias
ruins, a brisa é doçura.
No bosque as árvores de
folhas se vestem
E se foram nuas agora
são sebe de verde espessura.
O verão vem chegando e
corre sem pressa a água no rio.
Manadas ligeiras nas
águas mansas a sede saciam.
Na encosta dos montes
se espalha o azul do cabelo da urze
E frágil e branca se
abre a flor do linho silvestre.
A pequena abelha, de
fraco poder, carrega em seus pés
Rica colheita oculta em
flores. O gado pasta na erva tenra
Dos verdes prados. Na
sua tarefa não há fadiga:
A formiga vai e depois
vem para logo ir e nunca parar.
Nos bosques a harpa
tange melodias, música de paz
Que acalma a tormenta
que o lago agitara.
E o barco balouça de
velas dormidas
Envolto na bruma da cor
das flores do tempo de Maio.
AUTOR
DESCONHECIDO (SÉCULOS IX – X)
in A Perfeita Harmonia – Poemas Celtas da
Natureza
(tradução de
José Domingos Morais)
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