Vinte e quatro
bofetadas.
Vinte e cinco
bofetadas.
Depois, minha mãe, à
noite,
mete-me em papel de
prata.
Guarda Civil
caminheira,
dá-me uns golinhos de
água.
Água com peixes e
barcos.
Água, água, água, água.
Ai, maioral dos civis
que estás ao alto na
sala!
Não terás lenços de
seda
para eu limpar a cara?
FREDERICO
GARCIA LORCA (1899 – 1936) – Anjo e
Duende
(tradução,
apresentação e notas de Aníbal Fernandes)
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