Já caminhamos os dois,
muito para cima.
Ainda não chegámos, mas
pouco falta,
diz o senhor das
grandes portas.
Estou a ver-te,
na tua embarcação de
cedro antigo.
Atravessas a estepe,
mais tarde,
com os magoados passos
que te conduzem a
mim.
Levanto a mão direita,
à saída da clareira,
e depois surges,
com dois pequenos anéis
que brilham no céu.
Pronuncias o meu nome,
as quatro palavras da
nossa vida –
pão, vinho, cálice,
faca,
antes de chegares À
minha mesa.
Além,
o lago é muito azul
quando entras na água.
JOSÉ AGOSTINHO
BAPTISTA (1948) – Quatro Luas
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