quarta-feira, 18 de julho de 2012

O NOCTURNO ATALHO

O que de sublime e doloroso o tempo guarda
precisava disso de maneira que até é difícil
porque se sentia só nos campos
onde os outros triunfam
descia o sombrio, o nocturno atalho

assim chegava cedo de mais à beira não do fim
mas do informulável
para quem as nossas pequenas imposturas
são uma perda, um delito, uma culpa.

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA (19665) – Baldios

Sem comentários:

Enviar um comentário