ó mar contente, tão
frio
que o verde das ondas é
neve
fazes meu corpo tão
leve,
no ar, vazio!
meus seios, cabelos,
tudo é brando!
na mão do mar talhado
cerce
vou, como se a um velho
comando
desobedecesse!
e raia de leve um sol
macio
que ainda não amadurou
frio
de manhã forte e
silente
as minhas mãos nem são
de gente
são formas de água, de
neve
sobre o maillot
MÁRIO CESARINY
(1923 – 2006) – Manual de Prestidigitação
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