terça-feira, 7 de agosto de 2012

MOMENTO

Que a frescura da manhã
venha morar nesta sala.

A paz dos longínquos horizontes.

Que não haja lugares-comuns
onde o vento espreita, nem
mais nada fique por conhecer
da sua errância tão livre.

Venham depois as aves beber
a água das fontes e os peixes
e os cisnes, na sua deriva
permanente, venham juntos
acender o Sol desta manhã.

Que eu respire profundamente
a eternidade num só instante.

JOSÉ MANUEL FERREIRA LOPES (1955) – O Famoso Caderno

Sem comentários:

Enviar um comentário