Via subir o salgueiro junto à escadaria de mármore branco
que nunca mais
acabava!
E às janelas das paredes de neve, ladeadoras da paisagem,
assomarem os sorrisos de sombra.
Espreitavam a ferocidade dum tigre silencioso devorando a
minha amada!
Nem um grito…
Nem sangue…
Somente no terraço oculto em transparências, rente às
nuvens, autómatos
brandiam as espadas atraindo p
choro negro que sobe e
tudo invade e a quem
golpeavam os seios
frios…
Acontecia isto na ausência flagrante e próxima de abismos de
águas delirantes!
Na lembrança vaga e melancólica de gelos e estalactites.
Lá onde o sono adormece e ansiados corações desaparecem!
EDMUNDO DE BETTENCOURT (1899 – 1973)
Poemas de
Edmundo de Bettencourt
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