No
seu cavalo alado
Enfeitado
com tantas plumas
Ofuscando
quem estava a teu lado
Ele
apareceu
Como
Rei e Senhor do teu ser
E
não te mereceu
Pois
apenas te quer ter.
E
na noite
Escura
e bruta
Tu
procuras o teu perder
Pois
pela falésia abrupta
Ele
atirou
O
que não te é possível defender.
E
no dia
Com
o Sol que brilha e arde
Tu
queres te encontrar
Mas
com muito alarde
Ele
grita
Que
não te volta a dar.
E
no frio
Que
te chegou e se incrustou
Tu
não descobres o brio
Que
é preciso haver
Pois
ele destrói
O
que há em ti de herói.
E
no vento
Forte
e bento
Tu
não encontras alento
Para
te ires buscar
Pois
ele reclama
O
que tu mais amas.
Mas
no fim
Há-de
aparecer
Aquele
que te vai ter
E
com a sua sabedoria
Irá,
no fim do dia
Fechá-lo
e guardá-lo
Para
que tu
Possas,
por fim
Voltar
a viver.
CARLOS SOUSA RAMOS (1956)
Ode à Vida e Outros Poemas
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